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domingo, 25 de janeiro de 2015

Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves - Tállison Silva



O meu sertão tem de tudo quanto possa imaginar.
De brasa, fogo e calor, a braço d’água um mar.
Agora me apodero da Barragem de Assu,
que matando a minha sede, pode também me lavar.

Corre o povo em aflição para nela se banhar.
Comer seu peixe cozido com pirão no aguidar.
Mas, nem se quer nos lembramos,
dos que tu deixou de abrigar.

Tu que hoje traz o alento, o frescor e o sustento
dos que moram ao teu redor.
Que não fique esquecida, fostes tu buraco grande
que cavastes o terreno de um povo em nota Dó.

Nota Dó ecoa o pobre, o desvalido e o sofrido,
que até hoje vive esperando os reais de quem lhes deve. Desabrigado e sem teto, sem rumo e indenização seguiu o povo em marcha, sem direito a terra e pão!

AUTOR: Tállison Ferreira da Silva

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