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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Os Índios Paiacus em defesa ao povoado de Açu

(...) Inicio de 1712, houve nas ribeiras do Açu nova revolta dos cariris, cuja fúria abateu-se sobre o povoado depredando e matando. Comenta TAVARES DE LIRA: Os levantes de índios que se deram depois do governo de Bernardo Vieira de Melo foram parciais e facilmente dominados. Em 1712, porem, houve, no Açu, uma revolta seria: avançaram em todo o seu poder contra o arraial, que para a sua defesa teve o auxilio dos Paiacus (1982, p. 133). CÂMARA CASCUDO parece mais objetivo nesta informação: (...) Os moradores brancos defenderam-se valentemente mas os assaltantes teriam massacrado a população indígena aldeados, especificamente os Paiacus, não tivessem retomado as armas e enfrentando heroicamente os atacantes, destroçando-os. ( 1989, p.196). O FATO É QUE ESTES FORAM OS GRANDES RESPONSÁVEIS POR AQUELA VITORIA. A própria palavra oficial da época, tão parcimonioso no tocante aos elogios, salienta que se SE FICOU DEVENDO GRANDE PARTE DAS VITÓRIAS ALCANÇADAS AOS ÍNDIOS PAIACUS. Em conformidade com este mesmo autor, intervenção dos Paiacus - os ferozes e terríveis Paiacus - na defesa do povoado do Açu teve sua recompensa com o pedido de Manuel Alves de Morais Navarro, comandante do terço dos paulistas, ao Rei de Portugal no sentido de alista-los como auxiliares do referido Terço com direito a soldo (1984, p.109) Significado de Soldo: As palavras ¨soldo¨, remuneração por serviços militares e ¨soldado¨ , têm sua origem no nome desta moeda.


Fonte: Cronologia dos Mandatários do Rio Grande do Norte.
Do Blog:http://chctpla.blogspot.com.br/2015/01/centro-historico-cultural-tapuia.html

domingo, 25 de janeiro de 2015

Poemas e poesias





Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves - Tállison Silva



O meu sertão tem de tudo quanto possa imaginar.
De brasa, fogo e calor, a braço d’água um mar.
Agora me apodero da Barragem de Assu,
que matando a minha sede, pode também me lavar.

Corre o povo em aflição para nela se banhar.
Comer seu peixe cozido com pirão no aguidar.
Mas, nem se quer nos lembramos,
dos que tu deixou de abrigar.

Tu que hoje traz o alento, o frescor e o sustento
dos que moram ao teu redor.
Que não fique esquecida, fostes tu buraco grande
que cavastes o terreno de um povo em nota Dó.

Nota Dó ecoa o pobre, o desvalido e o sofrido,
que até hoje vive esperando os reais de quem lhes deve. Desabrigado e sem teto, sem rumo e indenização seguiu o povo em marcha, sem direito a terra e pão!

AUTOR: Tállison Ferreira da Silva

sábado, 24 de janeiro de 2015

Tállison Silva - escritor


TÁLLISON FERREIRA DA SILVA, nasceu em de 04 de junho de 1989 na cidade de Assú/RN, filho de Antonio Ferreira da Silva e de Aurineide Ferreira das Neves. Fez o ensino infantil e fundamental I, no Instituto Padre IbiapinaIPI), e o fundamental II e ensino médio no Complexo Educacional Santo André(CESA), ambas na cidade de Assú. 

Em 2008 ingressou na Congregação Religiosa dos Filhos de Sant' Ana e permaneceu até o final de 2014. Na mesma Congregação recebeu formação religiosa e sacerdotal. 

No ano de 2009 obteve aulas de teclado na Escola de Música Santa Cecilia, na cidade de Natal/RN. Tállison tem grande apreço pela música e poesia. Além disso, possui formação em Pastoral catequética pela Escola de Pastoral Catéquica, ESPAC - Faculdade Católica de Fortaleza/CE na qual lançou, juntamente com os amigos de turma, o seu primeiro livro com o titulo: O catequista globalizado do século XXI. Em 2012 ingressou na Faculdade Dom Heitor Sales - Natal/RN no qual cursou Licenciatura em Filosofia. 

Foi secretário da CRB, Conferência dos Religiosos do Brasil, núcleo Natal/RN (2012 a 2014) Foi coordenador da Rede um Grito pela Vida - núcleo Natal/RN (2013 - 2014) e companhe  o setor de Campanhas da Arquidiocese de Natal/RN

Seu entusiasmo pela leitura, literatura, escrita, poesia e musica o fez ir mais longe. Por isso, em data de 21 de maio de 2014, lançou pela editora Offset e Flecha do tempo - Coleção Metamorfose do Grupo de Estudos da Complexidade, GRECOM, UFRN - o seu segundo livro, PADRE FRANCISCO CANINDÉ DOS SANTOS: PASTOR INCANSÁVEL DO VALE DO ASSU. E, em fevereiro de 2015 publica o seu terceiro livro que traz como titulo, PADRE JOSÉ FREITAS CAMPOS: DAS MÃOS DE OURO À UMA VOZ QUE ENCANTA. Agora, portanto, faz parte da Câmara Brasileira de Jovens Escritores, CBJE depois de ter tido selecionada a sua poesia sobre uma das Lagoas mais importante do Nordeste brasileiro: LAGOA DO PIATÓ.  Atualmente mora na cidade de Parnamirim - RN, onde continua com seus maravilhosos trabalhos literários. 

Lagoa do Piató - Tállison Silva

Ao amanhecer da aurora ti via resplandecer,
banhada pelo Rio Açu de um vento frio à me aquecer.
O canto dos passarinhos eu ouvi, era lindo o sabiá,
como podes tu lagoa, na secura te afogar?

Eis a seca braba, câncer lento a te matar,
toda é a nossa culpa  queira nós crime pagar.
Ao sujar te poluímos, sem medida e cumprimento
e da chuva privação esse é o merecimento.

Quem eras tu e quem tu és minha lagoa?
Do verde e de ramados, carnaubais te assinalava.
Tu que alimentastes tantos quantos pescadores. E hoje
deixa a mendigar a quem padecem  em suas dores.

Mais do céu fazei chover, Jesus Cristo e São João.
Ver a dor deste teu povo, que não tem água e nem pão,
pois o que era o seu sustento se tornou foi um tormento, só brasa, poeira e carvão.

Tállison Ferreira da Silva - poeta assuense. Blog do Tálisson:FMP 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Wagner Di Oliveira - pintor


FRANCISCO WAGNER DE OLIVEIRA, adotou "Wagner Di Oliveira" como nome artístico, nasceu em Assu –RN, no dia 09 de maio de 1976, casado com Maria José da Cruz. Quando criança a mãe o impedia de brincar livremente pela rua e por isso motivo vivenciou no isolamento  do seu quarto o primeiro com tato o mundo das artes visuais recortando figuras das histórias em quadrinhos que colecionava para encenar outros enredos mais próximos da sua realidade infantil. Autodidata, aos 8 anos e idade lembra que gostava de desenhar cavalos em movimento nas folhas de papel pautado e já chamava a atenção na escola pela facilidade em representa tais imagens, essa reprodução foi a primeira a ser vendida aos colegas que admiravam, dessa forma, é filho do pintor e músico assuense Wanderlson Inácio de Oliveira, apelidado Barrinha, cresceu querendo ser artista. 

Aos 12 anos desenhou a revista “Festolândia” como conteúdo voltado ao público jovem. Das páginas das revistas em quadrinhos aprendeu a admirar as obras de Mozart Couto, Eugene Colonesse e Mutarelli, deste último, ressalta como marcante em seu trabalho a época a influência gráfica da revista “Transubstanciação”. Experimentava as possibilidades expressivas da caneta esferográfica preta como material de desenho, substituto do nanquim. Em 1998, já casado, e com uma filha pequena para criar enviou uma história para a produção de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica com um pedido de trabalho, teve uma resposta impressa da produção da revista aconselhando-o a buscar outras referências pelo apelo “adulto” impresso em seus traços. 

O desenhista então veio  primeiro, o pintor Wagner só nasceria no final de 2003, quando foi convidado a trabalhar em projetos sociais de apoio a crianças e adolescentes (PET e PROJOVEM), nesse momento buscou aproximação com uma escola de Artes de Assu (SENEC), local onde pela primeira vez experimentou o uso de telas, tintas e pincéis, obrigando-se a aprender para poder ensinar. Nessa época, também costumava expor seus trabalhos ao ar livre juntamente com aqueles produzidos pelos alunos na Praça Antônio Costa Leilão em Assu. 

Na busca por um estilo próprio pintou “O sossego”, sua primeira obra em pintura, vendida para um colecionador da cidade de Currais Novos. Ensaiando uma análise sobre as características pessoais de sua obra, atualmente expõe sua predileção pelos gatos, animal manhoso que aparece associado diretamente à sensualidade indisfarçável das figuras femininas, protagonistas de suas criações, representadas em trios, às vezes ainda crianças, jovens ou recriadas como “meninas bonecas” de aparência perturbadora. Cenas de boemia, frutas e representações de personagens ou tradições da cultura popular nordestina, também aparecem de modo recorrente, envoltas num colorido exuberante no qual nuances de um amarelo “vangogulano” é resultado e resignificado como “amarelo saudade”. Prefere utilizar pincéis chatos e medios e a tinta pura, sem adição de tocantes ou do óleo de linhaça como diluentes. Para o desenho, utiliza a caneta esferográfica preta costuma trabalhar com o pastel oleoso e o lápis grafite, entretanto, sua obra é diversificada, pois já se aventurou pela escultura criando figuras em papel machê e como projeto para 2014 pretende publicar o livro “A Pedra” no qual reúne textos romanceados e críticas além de expor individualmente na Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte. 

Fonte: Nilton Xavier Bezerra