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sábado, 24 de janeiro de 2015

Lagoa do Piató - Tállison Silva

Ao amanhecer da aurora ti via resplandecer,
banhada pelo Rio Açu de um vento frio à me aquecer.
O canto dos passarinhos eu ouvi, era lindo o sabiá,
como podes tu lagoa, na secura te afogar?

Eis a seca braba, câncer lento a te matar,
toda é a nossa culpa  queira nós crime pagar.
Ao sujar te poluímos, sem medida e cumprimento
e da chuva privação esse é o merecimento.

Quem eras tu e quem tu és minha lagoa?
Do verde e de ramados, carnaubais te assinalava.
Tu que alimentastes tantos quantos pescadores. E hoje
deixa a mendigar a quem padecem  em suas dores.

Mais do céu fazei chover, Jesus Cristo e São João.
Ver a dor deste teu povo, que não tem água e nem pão,
pois o que era o seu sustento se tornou foi um tormento, só brasa, poeira e carvão.

Tállison Ferreira da Silva - poeta assuense. Blog do Tálisson:FMP 

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