banhada pelo Rio Açu de um vento frio à me aquecer.
O canto dos passarinhos eu ouvi, era lindo o sabiá,
como podes tu lagoa, na secura te afogar?
Eis a seca braba, câncer lento a te matar,
toda é a nossa culpa queira nós crime pagar.
Ao sujar te poluímos, sem medida e cumprimento
e da chuva privação esse é o merecimento.
Quem eras tu e quem tu és minha lagoa?
Do verde e de ramados, carnaubais te assinalava.
Tu que alimentastes tantos quantos pescadores. E hoje
deixa a mendigar a quem padecem em suas dores.
Mais do céu fazei chover, Jesus Cristo e São João.
Ver a dor deste teu povo, que não tem água e nem pão,
pois o que era o seu sustento se tornou foi um tormento, só brasa, poeira e carvão.
Tállison Ferreira da Silva - poeta assuense. Blog do Tálisson:FMP
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