FRANCISCO WAGNER DE OLIVEIRA, adotou "Wagner Di Oliveira" como nome artístico, nasceu em Assu –RN, no dia 09 de maio de 1976, casado com Maria José da Cruz. Quando criança a mãe o impedia de brincar livremente pela rua e por isso motivo vivenciou no isolamento do seu quarto o primeiro com tato o mundo das artes visuais recortando figuras das histórias em quadrinhos que colecionava para encenar outros enredos mais próximos da sua realidade infantil. Autodidata, aos 8 anos e idade lembra que gostava de desenhar cavalos em movimento nas folhas de papel pautado e já chamava a atenção na escola pela facilidade em representa tais imagens, essa reprodução foi a primeira a ser vendida aos colegas que admiravam, dessa forma, é filho do pintor e músico assuense Wanderlson Inácio de Oliveira, apelidado Barrinha, cresceu querendo ser artista.
Aos 12 anos desenhou a revista “Festolândia” como conteúdo voltado ao público jovem. Das páginas das revistas em quadrinhos aprendeu a admirar as obras de Mozart Couto, Eugene Colonesse e Mutarelli, deste último, ressalta como marcante em seu trabalho a época a influência gráfica da revista “Transubstanciação”. Experimentava as possibilidades expressivas da caneta esferográfica preta como material de desenho, substituto do nanquim. Em 1998, já casado, e com uma filha pequena para criar enviou uma história para a produção de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica com um pedido de trabalho, teve uma resposta impressa da produção da revista aconselhando-o a buscar outras referências pelo apelo “adulto” impresso em seus traços.
O desenhista então veio primeiro, o pintor Wagner só nasceria no final de 2003, quando foi convidado a trabalhar em projetos sociais de apoio a crianças e adolescentes (PET e PROJOVEM), nesse momento buscou aproximação com uma escola de Artes de Assu (SENEC), local onde pela primeira vez experimentou o uso de telas, tintas e pincéis, obrigando-se a aprender para poder ensinar. Nessa época, também costumava expor seus trabalhos ao ar livre juntamente com aqueles produzidos pelos alunos na Praça Antônio Costa Leilão em Assu.
Na busca por um estilo próprio pintou “O sossego”, sua primeira obra em pintura, vendida para um colecionador da cidade de Currais Novos. Ensaiando uma análise sobre as características pessoais de sua obra, atualmente expõe sua predileção pelos gatos, animal manhoso que aparece associado diretamente à sensualidade indisfarçável das figuras femininas, protagonistas de suas criações, representadas em trios, às vezes ainda crianças, jovens ou recriadas como “meninas bonecas” de aparência perturbadora. Cenas de boemia, frutas e representações de personagens ou tradições da cultura popular nordestina, também aparecem de modo recorrente, envoltas num colorido exuberante no qual nuances de um amarelo “vangogulano” é resultado e resignificado como “amarelo saudade”. Prefere utilizar pincéis chatos e medios e a tinta pura, sem adição de tocantes ou do óleo de linhaça como diluentes. Para o desenho, utiliza a caneta esferográfica preta costuma trabalhar com o pastel oleoso e o lápis grafite, entretanto, sua obra é diversificada, pois já se aventurou pela escultura criando figuras em papel machê e como projeto para 2014 pretende publicar o livro “A Pedra” no qual reúne textos romanceados e críticas além de expor individualmente na Pinacoteca do Estado do Rio Grande do Norte.
Fonte: Nilton Xavier Bezerra